Visits

sábado, 25 de junho de 2011

Para as pessoas da minha vida

"O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos que acontecem. Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras, voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser. Acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou, muita gente se perde. Não se perca, viu?"
                        
                - Caio Fernando Abreu

     Tudo na vida tem um momento e um propósito. Há pessoas que entram na nossa vida por pequenos períodos, cumprem a sua missão e inevitavelmente nos deixam, às vezes mais cedo do que poderíamos esperar ou querer.
     Há pessoas que entram por acaso e deixam marcas permanentes.
     Há pessoas que conhecemos e no momento não nos marcam, porque não estava na hora, então há o reencontro e as coisas mudam de um jeito que nunca sonhamos.
     Há pessoas que percebemos a importância apenas no momento do adeus e nos arrependemos por não termos sabido aproveitar o tempo, enquanto este ainda existia.
     E finalmente, há pessoas que deixam uma sementinha no seu coração antes de partir. E durante todo o tempo fora, a semente vai se transformando em uma linda flor. E você não compreende por que a cada dia a saudade aumenta e a amizade floresce. Até que vocês se encontram novamente e você entende porque as coisas são como são. Às vezes são tristes para serem bonitas. Ou curtas para serem mais longas.
     Mas não existe uma fórmula; a gente vai errar, a gente vai perder, a gente vai desperdiçar o tempo e depois faremos tudo de novo. Porque a vida é feita de instantes. Alguns instantes duram para sempre, outros você não pode evitar que comecem a esvair pelos seus dedos.
     Mas é preciso amar muito, porque o amor nunca é um desperdício.
     Eu sei que o tempo que passarei fora será o suficiente para me afastar irreversivelmente de algumas pessoas. Mas também será o tempo suficiente para cultivar algumas flores que deixaram no meu coração. O que tiver que ser, será. Tenho certeza.
     Que a gente continue se conhecendo, se esquecendo, se reencontrando, se cultivando.
     E seja lá o que aconteça, que a gente nunca se esqueça.
     O que é pra sempre pode durar muito pouco, mas nunca acaba.

4 comentários:

  1. Oi filha. Que boa idéia este blog! assim ficamos sabendo sobre o seu intercâmbio e ainda aprendemos! Amei os posts! Que Deus abençoe cada dia seu durante todo o seu ano de intercâmbio. Amo voce, minha filha linda!

    Eliane Ulhôa

    ResponderExcluir
  2. Essa mensagem é liinda, serio!!

    ResponderExcluir
  3. Sei que você vai ficar marcada em nossos corações como esperamos ficar no seu. Acho que falo por todos quando digo que espero que você não se esqueça desses brasilienses que vão sentir sua falta. Apesar de ter te conhecido só esse ano, voce demonstrou ser alguém que, por ter passado por tanta coisa, realmente se importa com outros r eu tenho que te agradecer muito por isso! Mande notícias sempre, viu? E, caso não goste de lá ou dê algum problema, estaremos de braços abertos pra te receber! Aproveite muito!
    Quero ver você adivinhar quem é!

    ResponderExcluir
  4. Uma alegria para sempre
    Mário Quintana


    As coisas que não conseguem ser
    olvidadas continuam acontecendo.
    Sentimo-las como da primeira vez,
    sentimo-las fora do tempo,
    nesse mundo do sempre onde as
    datas não datam. Só no mundo do nunca
    existem lápides... Que importa se –
    depois de tudo – tenha "ela" partido,
    casado, mudado, sumido, esquecido,
    enganado, ou que quer que te haja
    feito, em suma? Tiveste uma parte da
    sua vida que foi só tua e, esta, ela
    jamais a poderá passar de ti para ninguém.
    Há bens inalienáveis, há certos momentos que,
    ao contrário do que pensas,
    fazem parte da tua vida presente
    e não do teu passado. E abrem-se no teu
    sorriso mesmo quando, deslembrado deles,
    estiveres sorrindo a outras coisas.
    Ah, nem queiras saber o quanto
    deves à ingrata criatura...
    A thing of beauty is a joy for ever
    disse, há cento e muitos anos, um poeta
    inglês que não conseguiu morrer.

    ResponderExcluir